sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Redução do IPI faz mercado de automóveis bater recorde em agosto

Imposto mais barato fez a procura por veículos aumentar em todo o país

O mês de agosto registrou uma marca histórica para a indústria automobilística brasileira. Só neste período, foram comercializados mais de 405 mil carros. Somando caminhões e ônibus, o número chega a 420 mil em todo o país. De acordo com economistas, a maior oferta de crédito e a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) foram fundamentais para que ocorresse esse aumento nas vendas.

Montadoras não conseguiram suprir a demanda por carros novos (Foto: Montagem/Felipe Barreto)

Além da marca alcançada em agosto, o setor também registra ótimos números acumulados no ano e as vendas devem fechar 2012 com um crescimento de 8% em comparação com o ano passado.

Segundo o economista Silvio Ferreira, a redução do IPI é uma iniciativa do governo para acelerar a economia do país, incentivando com isso os consumidores e os fazendo ir às compras. “Essa é uma forme de estimular e fazer com que a economia continue funcionando. Com isso o governo aumenta a arrecadação e gera empregos, aumentando as vendas e aquecendo o mercado”, afirmou Ferreira.

O aposentado Francisco de Assis é um exemplo do panorama citado pelo economista. Assis tinha na garagem um veículo com mais de dez anos de uso, e com preços mais acessíveis, resolver trocar seu automóvel no mês passado. 

Já vinha planejando isso há algum tempo, mas resolvi esperar um pouco mais para ver se os preços baixavam, e acabei me saindo muito bem”, comenta o empolgado comprador. 

A maior oferta de crédito também foi decisiva nesse desempenho do setor automobilístico. De cada dez carros vendidos em uma concessionária, sete saíram financiados de acordo com a gerência da loja. 

“A oferta de financiamentos facilitou muito as nossas vendas, que praticamente dobraram em agosto. Aproximadamente 70% do que vendemos nesse período foi a partir de crédito oferecido pelos bancos”, observou Silene Menezes, gerente de vendas de uma concessionária na grande São Paulo. 

A princípio, o desconto do IPI deve permanecer até o mês de outubro, mas ainda existe a possibilidade de uma prorrogação ainda maior.

Como planejar seu intercâmbio

Com o aumento do número de estudantes que resolvem aprender no exterior, também aumentam as dúvidas sobre como programar melhor essa viagem.



A escolha do país de destino é o primeiro passo para o intercâmbio, mas sem dúvida, essa escolha não é das mais simples. Fatores como preço e o clima local são os que mais pesam no momento da escolha. Além disso, dúvidas como: para onde vou e qual família irá me receber, mexem com a cabeça dos futuros estudantes de intercâmbio.

Na etapa inicial, o futuro intercambista deve escolher o destino que melhor se adéqua ao seu perfil. Se não gostar de muito frio, por exemplo, deve evitar países com temperaturas mais baixas. Além disso, é importante não deixar nada para última hora, para não haver imprevistos, como alerta Gabriela Wolff, da agência de intercâmbio Intercultural. “Quando o intercâmbio é planejado com antecedência, existe tempo hábil para resolver toda a parte burocrática da viagem. Alguns países exigem uma documentação mais completa para conceder o visto, mas nada que impeça a viagem, a não ser que o participante não consiga reunir os documentos”.

Gabriela também explica que tipo de assistência é dada ao estudante quando ele já está em solo estrangeiro e em todo o tempo de duração do seu intercâmbio. “Os clientes recebem toda orientação necessária antes, durante e depois da viagem. Geralmente saem do Brasil com tudo resolvido, como acomodação, seguro de saúde, tranfers etc, a não ser que optem por fazer as coisas sozinhos”.

Alguns intercambistas preferem acomodações em campi de universidades ou casas onde há outros estudantes, por proporcionarem mais diversão e agito. Porém, geralmente as agências acomodam os viajantes em lares familiares, onde terão de ter maior jogo de cintura para o convívio com as famílias anfitriãs, que são previamente selecionadas por psicólogos e assistentes sociais. “Todas devem ter boa reputação, não ter antecedentes criminais, e é feita uma visita antes para verificar a casa, se possui condições físicas de receber um estudante, entre outros fatores”, afirma a assessora Gabriela.

Sabendo da atual importância do intercâmbio para o currículo, a jornalista Thaís Saraiva foi para a terra da rainha, lugar escolhido pela sua enorme variedade cultural. “Acredito que, além de melhorar o nível do idioma e o currículo, o intercâmbio traz experiências fantásticas como conhecer novas culturas, pessoas e lugares. Londres sempre foi a minha primeira opção, pela variedade de coisas que dá pra se fazer lá. Museus, parques, shoppings, igrejas, lugares históricos e muitas outras coisas”.

Sem dúvida alguma, um dos maiores atrativos do intercâmbio, além do aprendizado, é o contato com a cultura e pessoas de outros países. Para Thaís, seu intercâmbio de 30 dias em Londres foi uma das melhores experiências que viveu: “Fiz amigos, sul coreanos, japoneses, franceses, colombianos, brasileiros... Lá tem brasileiro por todo o lado. Andando na rua você ouve português o tempo todo. Estar na terra da rainha foi uma das melhores experiências da minha vida. Trinta dias não deu para fazer nem a metade do que eu queria, mesmo não ficando nem um dia dentro de casa”, afirmou.

São Paulo recebe Paralimpíadas Escolares

Evento que reúne atletas de todas as regiões do país será realizado pelo terceiro ano seguido na capital paulista 

A edição 2012 dos jogos terá recorde de participantes (Foto: Reprodução/Comitê Paralímpico Brasileiro)



Cerca de duas mil pessoas (entre atletas e comissão técnica) representando 24 estados e o distrito federal devem participar, superando o recorde que era de 958 atletas no ano passado. De acordo com a Assessoria de Imprensa do CPB, apenas Roraima e Tocantins não terão representantes esse ano. 

A jovem Ana Paula é uma das atletas que irá compor a equipe de Natação da seleção de São Paulo. O treinador da nadadora, Júlio César Monteiro, não esconde a felicidade pela convocação da atleta. “É um incentivo para os demais atletas, que ao invés de subestimar suas capacidades devem acreditar no seu potencial”, afirmou Monteiro. 

Ao todo, dez modalidades irão compor o programa de provas das Paralimpíadas Escolares em 2012: Atletismo, Bocha, Futebol de Sete, Futebol de Cinco, Judô, Natação, Tênis em Cadeira de Rodas, Vôlei Sentado, Tênis de Mesa, e Goalball. 

Participam da competição apenas jovens com idade entre 12 e 19 anos, matriculados em escolas do ensino médio, fundamental e especial e que tenham algum tipo de deficiência física, intelectual ou visual.



Locais de disputa



Complexo Desportivo Constâncio Vaz Guimarães – Parque do Ibirapuera: Provas de Atletismo.

Parque Anhembi: Bocha, Judô, Tênis de Mesa e Vôlei Sentado.

Escola de Educação da Polícia Militar: Futebol de Sete, Futebol de Cinco, Natação, Goalball e Tênis em Cadeira de Rodas.

Após alcançar em Londres seu melhor desempenho na história das Paralimpíadas, o CBP (Comitê Paraolímpico Brasileiro) começa a pensar na próxima edição dos jogos, que será realizada no Rio de Janeiro, em 2016, e para que novos talentos sejam alcançados, será realizada pelo 3° ano consecutivo em São Paulo, entre os dias 16 e 19 de outubro, a Paralimpíada Escolar, principal evento esportivo para jovens com deficiência do mundo.

Ser mesário: uma obrigação que vale a democracia

Nas eleições de 2012 para prefeitos e vereadores mais de 1,6 milhões de brasileiros vão passar o domingo (7/10) trabalhando em uma das mais de 500 mil seções eleitorais espalhadas por todo o Brasil.

A partir das 8h da manhã e até as 17h, mais de 138 milhões de eleitores terão o direito e ao mesmo tempo o dever de votar e trabalhar nas eleições municipais e escolher seus representantes por mais 4 anos aos cargos de vereador e prefeito. Direito Pleno (eleição para todos os cargos desde um vereador ao presidente) conquistado após anos de ditadura militar e repressão e que culminou no movimento pelas diretas já e deram ao brasileiro o poder de eleger seus representantes livremente. 

Desde então com esse direito veio uma grande responsabilidade e que faz a população participar ativamente da democracia, ser mesário, cargo para o qual você é convocado e é obrigado a comparecer e trabalhar. Assim como muitas pessoas dizem que o voto deveria ser facultativo outras acreditam que participar como mesário deveria ser, porém o cientista político Humberto Dantas ressalta que esse é o menor dos problemas da função: “Se a simples escolha resolvesse o problema todo não precisava convoca-los, eles (o governo) deveriam ressaltar as campanhas de mesários voluntários, pois o número de pessoas que se cadastram pra isso não é suficiente para dar conta, não atingem 20% do necessário, dai a obrigação. Pela democracia se paga um preço”, ressalta Dantas.

Mas em meio a isso existem pessoas que contribuem e que gostam, é o caso de Runan Braz, jovem universitário de 23 anos e que trabalha desde 2008 nas eleições municipais daquele ano. Ele diz que um exercício da cidadania e faz bem.

Runan Braz em sua quinta eleição como mesário
“A função de mesário pra quem se acostuma até que é legal, eu que já estou a quatro eleições, vou pra quinta agora (considerando o 2º turno em todas elas) é interessante, você aprende coisas novas, faz amizades, mas tem o lado de extrema importância na democracia, você auxilia uma pessoa que muitas vezes não teria condições de votar sozinha, sem auxilio”, afirmou o jovem.

Lembrando ainda que quem for convocado e não comparecer para trabalhar no dia das eleições sofre com implicações administrativas como pagamento de multa e fica impossibilitado de concorrer a cargos públicos.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Bienal da Arte já está em São Paulo


Já está em andamento a 30ª Bienal da Arte de São Paulo. A exposição, que acontece no Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera, teve início no dia 07 de setembro e estará disponível para visitação até o dia 09 de dezembro. Este ano, o evento tem uma nova proposta ao público, que aguça o pensamento e a criatividade.

A Bienal teve sua primeira edição em 1951 e o objetivo era tentar aproximar as pessoas da arte, que, na época, era bem restrita ao público erudito. Este ano a exposição não tem tema e sim um “motivo”, segundo a curadoria. A Iminência das poéticas é o motivo pelo qual o artista, que tem a sua arte exposta, fará o visitante refletir sobre aquilo que ele expõe. São 111 artistas com aproximadamente 3 mil obras.


Segundo o artista plástico Márcio Camargo, o motivo da iminência não é apenas seduzir o visitante a reflexão filosófica das obras expostas. “A Iminência afirma quais serão os próximos passos da arte, afirma que as próximas obras serão ‘poéticas’, assim como poderia ser a ‘A Iminência da Lucidez’”, explicou. Para Camargo, esta exposição não tem somente o toque poético e nem é este toque o que se destaca entre as obras: “Entendo a palavra poética como uma representação clara da tradição da predominância da arte literária na América Latina sobre as artes visuais. A bienal abrange vários segmentos artísticos e diversas linhas de reflexão, mas definitivamente a poética não é a mais condizente”, conclui.

A Bienal explora muito o público do parque aos finais de semana. A estudante Késsia Rodrigues foi uma das visitantes da exposição e gostou das obras esculturais. “Achei bem bacana algumas obras que parecem invenções antigas. Gosto de obra palpáveis, com um valor físico maior. As obras esculturais tem uma beleza visual bastante bacana, que me interessa muito”, disse. Fãs de quadros com paisagens, a dona de casa Rosimeire Boaventura explorou um pouco mais as pinturas: “Gostei muito dos quadros, principalmente os de figuras naturais. Adoro natureza em pinturas a mão. Mas também me chamou muito atenção os efeitos sonoros de uma das exposições; é bem interessante”.
 
A Bienal da arte também é uma oportunidade para aproximação entre público e arte. Antes voltada apenas à elite, a arte exposta no evento agora é acessível a todos e pode, através de sua beleza, interessar aos novos jovens e enriquecer ainda mais a cultura no Brasil. Mas Camargo entende que o que mais atrai o público é a elegância do evento: “Virou ‘Cult’ ir à Bienal, mas a aura do evento é que atrai o público, não as obras. Claro que não podemos de forma alguma minimizar sua importância assim como a expressão artística ali exibida. É a reflexão de nosso tempo”. O artista entende também que as obras expostas na Bienal não podem ser escolhidas conforme o gosto público. “Não podemos definir a escolha dos artistas pelo apelo popular jamais, mas devemos cuidar para a organização do evento não definir o futuro da arte com base em suas escolhas pessoais. O que deve ser alterado periodicamente é a comissão organizadora, isso traria uma maior representatividade artística e inovação ao evento”, concluiu.
 
A 30ª Bienal da Arte funciona Terças, quintas, sábados, domingos e feriados das 9h às 19h; quartas e sextas-feiras das 9h às 22h. A entrada é franca.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Governo de São Paulo recupera 700 hectares de terras no Pontal do Paranapanema

O Governo do Estado de São Paulo recuperou, nos últimos dois anos, 700 hectares de terras em assentamentos rurais localizados na região do Pontal do Paranapanema. Por meio da Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp), o Governo promove a recuperação ambiental através da implantação de Sistemas Agroflorestais (SAFs), necessários à recomposição de Áreas de Preservação Permanente (APP) e Reserva Florestal Legal (RFL). O Itesp auxilia os produtores rurais na restauração de seus lotes de terras, elaborando cursos de capacitação e distribuindo mudas e materiais necessários ao reflorestamento.

A analista do Grupo de Gestão Ambiental da Fundação Itesp, Leticia Pedroso Ramos, afirma que “desde a criação do Itesp em 91 e dos primeiros assentamentos, nós atuamos para promover a preservação ambiental”.

Os SAFs representam uma técnica mista de plantio, que engloba a parte agrícola (plantação de culturas anuais como mandioca) e a parte florestal (plantação de espécies frutíferas e nativas). Segundo Leticia, inicialmente o SAF não era utilizado em casos de APP ou RFL, mas com o passar do tempo, percebeu-se que o sistema colaborava na recuperação ambiental. “Descobrimos que o SAF poderia ser usado para colaborar na recuperação dos lotes, hoje ele é praticamente sinônimo de recuperação”.

A implantação de um Sistema Agroflorestal em um assentamento geralmente surge de uma demanda da comunidade. Para que seja implantado, é necessária a elaboração de um projeto pelo Itesp em conjunto com os interessados, necessitando posteriormente de autorização da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) ou da Coordenadoria de Biodiversidade e Recursos Humanos (CBRN). Leticia explica que “esse trâmite é necessário porque se trata de áreas de preservação ambiental e qualquer ação nessas áreas precisa ser previamente autorizada”. Após a aprovação, as atividades de recuperação de APP e RFL podem ser iniciadas, devendo respeitar inúmeras leis e o Código Florestal Brasileiro.

Acima imagem de recuperação de APP e RFL no assentamento Laudenor de Souza, no município de Teodoro Sampaio, por meio de Sistema Agroflorestal.

As APP são áreas que não permitem retorno econômico, já as RFL permitem a exploração econômica desde que não seja realizado corte raso. Por conta dessas características os projetos de recuperação se dividem em dois: o de “Implantação Direta” – em que o Itesp promove a restauração de APP sem contar com a participação ativa dos assentados – e o de “Implantação Participativa” – modelo em que a comunidade contribui com a recuperação de RFL, envolvendo também a parceria do Itesp com muitas instituições.

Como definição as APP são áreas íngremes e topos de morros que se localizam próximas às margens de rios, lagos, represas e nascentes. Importantes na proteção do solo, de recursos hídricos, da flora e da fauna, são protegidas por lei e não permitem o manejo. O reflorestamento das APP corresponde à plantação de espécies nativas. As RFL protegem o solo, promovem o equilíbrio do ecossistema e o aumento da diversidade biológica e da oferta de produtos florestais, tornando a propriedade auto-suficiente em madeira e diminuindo a pressão sobre as florestas nativas. As espécies que a compõem são nativas e exóticas e podem ser manejadas.

Segundo o supervisor de Gestão Ambiental da Fundação Itesp, Luis Fernando Marinho, “atualmente o Itesp trabalha com 24 assentamentos na região do Pontal do Paranapanema. Recuperamos cerca de 700 hectares de terra nos últimos dois anos e esperamos aumentar esse número”.

Atualmente o Governo Estadual possui um passivo de aproximadamente 13.000 hectares de terras a serem recuperadas na região do Pontal do Paranapanema.

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